Porque amar Cersei Lannister? No universo de Game of Thrones é muito difícil separar um vilão de um herói, pois em sua obra George R.R Martin não narra somente os fatos ocorridos, mas também traça um perfil do personagem, que na maioria das vezes caminham de sua infância, suas ações, seus motivos até o que ocorre em seu psicológico para executar uma ação politicamente correta ou imensamente malvada.
Um ato desesperado de maldade, como tentar matar uma criança é uma ação que elimina uma vida inteira de altruísmo, mas não fica só por ai: e ela criou o rei mais cruel da história de Westeros, que matava pessoas para se divertir, coroou seu filho mais novo, um rei que não tinha nem idade e nem estrutura para decidir a vida dos milhares de súditos, foi cúmplice na tentativa de assassinato de Bran Stark, assassinou centenas de pessoas para se livrar de seus inimigos e outras atrocidades, mas o talento e a atuação convincente de Lena Headey no papel da Rainha Cersei a faz ser odiada por muitos, mas ano a pós ano cada vez mais amada por milhares, a ponto de gerar comoção de todos no momento da série em que é castigada pelos fanáticos religiosos.
Acompanhei diversas listas na internet sobre motivos para amar essa mulher. Realmente poucos me convenceram, mas vou citar os mais marcantes do PERSONAGEM DA SÉRIE DE TV e que me fizeram pensar muito a respeito dela:
1. Ela é extremamente leal a que ama
Cersei Lannister busca apenas uma coisa: proteger sua família e manter seus filhos e seu irmão a salvo. Mesmo sendo mal tratada por Joffrey e ignorada por Tommen ela nunca deixou de amá-los, e uma prova disso é que no episódio da morte de Joffrey ela foi a única pessoa que chorou.
E ama seu irmão e amante a ponto de esquecer todos os seus planos pessoais para se empenhar em achar um meio de resgatá-lo, mesmo que para isso ter de enfrentar seu pai, praticamente o homem mais poderoso dos Sete Reinos.
2. Ela representa a parte de nós que odiamos admitir que temos
Confesse! Confesse! Vocês adoraram quando Cersei fechou a porta da sala de torturas e deixou Gregor “Montanha” Clegane trancado com a septa Unella. Vocês estiveram revoltados, com raiva e pena da população inocente, que só queria ver um espetáculo sangrento real mas foi dizimada com fogo vivo, MAS confessem que não sentiram pelo menos uma pontadinha de prazer vendo o fim do fanático e obtuso Alto Pardal e todos os seus seguidores malucos? Qual de nós não gritamos um palavrão quando ela fala “eu escolho a violência“?
Não se sintam estranhos com isso, ela consegue despertar nosso lado negro sem fazer muita força e vestida em alto estilo para isso.
3. Ela é Feminista de nascença, vítima do machismo
Em um mundo onde os homens são os que ocupam posições de poder, Cersei sempre fez questão de provar que ela é mais do que capaz de ter suas próprias decisões, sempre exigiu seu lugar no reino e no fim foi a primeira governante do sexo feminino no Trono de Ferro.
As pretendentes Daenerys Targaryen e Sansa Bolton Stark estão vindo para Westeros com exércitos portados a elas por homens que de uma forma as admiraram, mas Cersei chegou ao poder por seu próprio mérito, esforço e sacrifício extremo.
Para ver como ela sempre procurou seu lugar no reino, em uma conversa com Sansa Stark ela mostra como desde criança não se conformava com sua situação:
“Quando pequenos, Jaime e eu éramos tão parecidos que até nosso pai não nos conseguia distinguir. Às vezes, para fazer graça, vestíamos a roupa um do outro e pássavamos um dia inteiro como o outro. Mas, mesmo assim, quando deram a Jaime a primeira espada, não havia nenhuma para mim. “O que eu ganho?”, lembro-me de ter perguntado. Éramos tão parecidos que nunca entendi por que nos tratavam de forma tão diferente. Jaime aprendeu a lutar com espadas, lanças e maças, enquanto eu fui ensinada a sorrir, cantar e agradar. Ele era herdeiro de Rochedo Casterly, enquanto eu estava destinada a ser vendida a um estranho qualquer como se fosse um cavalo, para ser montada sempre que meu novo dono quisesse, espancada sempre que ele desejasse, e com o tempo, posta de lado em favor de uma potra mais nova. O destino de Jaime seria a glória e o poder, enquanto o meu era o parto e o sangue da lua.”
A série exibe um mundo de fantasia que se assemelha a Idade Média e por isso nesse contexto estupros, casamentos arranjados e abusos são coisas normais de acontecer. Cersei foi obrigada a se casar com Robert Baratheon para fortalecer o nome da sua família e durante seu casamento foi abusada, espancada, traída e desrespeitada por seu marido, mesmo assim não se vitimou e nem se submeteu até o fim da vida a esse tratamento. Por força própria conseguiu resolver a situação.
4. Ela fala o que pensa
Curta, grossa e direta, algumas de suas palavras são tão fortes que na primeira temporada desagradaram o Rei a ponto de lhe agredir fisicamente (agressão que ela se vinga posteriormente), mesmo assim ela sempre se expressou, doa a quem doer (mesmo que fosse ela própria).
5. Ela sabe manipular como ninguém
Tudo bem, o pai é intocável e com os filhos ela pecou porque é mãe, mas ela consegue domar o irmão, fazer seus primos de escravos sexuais para usá-los como espiões ou pior, torná-los cúmplices na morte de seu marido, o Rei Robert Baratheon. Ela consegue com doces palavras e atenção convencer Sansa Stark a trair seu próprio pai. Até Tyrion Lannister mesmo sem saber, realiza algumas de suas vontades. O conselho está a seus pés, e quem ela não consegue dominar elimina de sua convivência e/ou do mundo.
Sua presença em cena significa tramas elaboradas ou conflitos marcantes.
6. No contexto, ela não é má
Ela na verdade é uma feroz estrategista, como todos que detém o poder, é uma das poucas pessoas que conhece o verdadeiro jogo dos Sete Reinos. Prova disso e que é sua a frase: “Quando se joga o jogo dos tronos, você vence ou você morre”, dita ao tentar avisar Ned Stark de que estava lutando uma guerra que iria perder.
7. Suas expressões faciais são da hora
Cada uma é ainda melhor que a outra.
8. Sua ambição é admirável
Ela tem iniciativa, age na hora precisa e tem atitude para se impor quando deve. Ela escolhe a violência sem hesitar.
9. Ela tem atitudes de mãe
Ela pode amá-lo mais que tudo, mas quando precisa, ela toma aquela postura de rainha mãe e dá uma freada nos instintos assassinos do seu herdeiro.
10. Ela sabe como manter a festa
Elegância, vinho e muita pompa para a rainha.


Rainha Cersei é uma força a ser reconhecida, mas o que esperamos dela para os próximos episódios será o aumento de seu orgulho, o seu afastamento final da sanidade e com isso o cumprimento da profecia que diz que ela será morta pela pessoa que virá reivindicar seu mundo. Se o cenário fosse outro, ela seria a pessoa mais qualificada a assumir o controle da coroa de Westeros: Jon Snow é um homem de guerra e como seu tio pai, é guiado pela honra, característica que o torna elegível a ser vítima de uma traição, como já ocorreu com ele. Sansa Stark é manipulável e não sabe se impor, além de não ter maldade suficiente para tomar decisões difíceis (é uma espécie de Tommen feminina) e Daenrys Targaryen tem problemas com suas ordens que na maioria das vezes não sai do jeito que deseja e da mesma forma que seus ancestrais, resolve tudo no sangue e fogo.
Créditos
- Imagens: HBO (série Game of Thrones)
- Texto: trechos dos livros da série As Crônicas de Gelo e Fogo
- Fontes usadas: Wikipédia e www.bustle.com
Apesar de estar lendo apenas agora, quase 3 anos depois, a Cersei não lutou por uma classe, ela lutou apenas por ela mesma. A Cersei nem o pai, educaram em nada os seus filhos, tornando-se assim crianças inúteis e mimadas
A Cersei é a típica vilã que em um contexto geral não tem nada de boa nela. Feminismo ali fica bem evidente com outras personagens, principalmente com a arya
Drogo não é sobrenome, os dothraki não tem sobrenome. Portanto Dany nunca virou “Daenerys Drogo”.
E Cersei não é feminista, apenas alguém que, num meio machista, busca o seu lugar ao sol. Tudo o que faz é para ela e apenas para ela. Ela não é como Brienne ou Arya ou Sansa ou Catelyn ou Asha ou as Serpentes de Areia (dos livros) e Arianne. Todas elas são melhores interpretações do feminismo do que Cersei.
Obrigado pela observação, Guilherme, apesar de ter sido uma brincadeira com os nomes, vou corrigir esse detalhe porque realmente os Dothrakis não tem sobrenomes. Coloco seu nome nos créditos da correção?
Adorei o post, mesmo. Mas tem expressões racistas e pensamentos bastante machistas. Tenta prestar mais atenção nisso nos próximos posts 🙂
A série se passa em um cenário da idade média, nesse contexto não existia o politicamente correto, por exemplo: os Dothrakis tinham como prática em um dia de tédio invadir um vilarejo, empalar todos os homens, estuprar todas as mulheres e levar as crianças como escravos. Tentei mostrar que Cersei em alguns momentos usou das armas disponíveis para fugir do destino reservado a ela. Mas se em algum trecho cometi erros me mande uma mensagem que eu corrijo de imediato e com o maior prazer, afinal esse texto está disponível para o mundo todo e não desejo influenciar negativamente meus leitores.
Abraços e obrigado pelo aviso!
O único argumento coerente em todo o artigo é o 7 (sem texto apenas com um gif) kkkkkkkkkk
O 7… e o 10???